domingo, 10 de novembro de 2013

Presos na Espanha 25 suspeitos de tráfico de mulheres

A polícia espanhola anunciou neste domingo a prisão de 25 supostos membros de uma rede internacional criada na Nigéria nos anos 1990 que se dedicava a amplo leque de crimes, entre eles o tráfico de mulheres para a prostituição.
"Agentes da Polícia Nacional desmontaram uma complexa rede dedicada ao tráfico de seres humanos com fins de exploração sexual e fraudes na internet com cartões roubados ou clonados", informaram autoridades em um comunicado.
"Há 25 presos em Madri, Toledo, Cantábria e Palma de Mallorca", acrescentou, destacando que entre eles estão "os principais líderes do braço espanhol" desta "organização criminosa internacional, criada nos anos 1990, cujas origens se situam nas universidades da Nigéria".
A operação, fruto de uma investigação iniciada em outubro de 2012, permitiu libertar cinco mulheres, uma das quais estava grávida.
Enganadas com a promessa de um trabalho na Europa, eram capturadas na Nigéria para ser enviadas para a Espanha e outros países europeus.
Na Nigéria "a organização facilitava passaporte falso, visto de trânsito aeroportuário e comprava passagens de avião geralmente para o México ou o Brasil", de onde viajavam a Paris, explicou a polícia.
Ali eram apanhadas por um membro da organização que "as transportava de carro para a Espanha, onde tiravam delas toda a documentação", acrescentou.
Além do tráfico de seres humanos, a organização se dedicava a "todo tipo de fraude" e aos chamados "sequestros online", segundo as autoridades.
"Esta modalidade criminosa consiste em entrar em fóruns na internet nos quais empresários internacionais realizam importantes negócios, com a finalidade de espionar suas conversações", explicou a polícia.
"No momento em que a organização detectava que os empresários iam fazer uma transação comercial com envio de dinheiro, suplantavam a identidade do destinatário do mesmo, aportando outro número de conta bancária, que tinham aberto anteriormente com documentação falsa", destacou.
A rede realizava, ainda, "compras maciças pela internet com números de cartões de créditos geralmente americanos e identidades falsas". Compravam objetos de luxo "não muito volumosos e de fácil distribuição", que eram enviados depois à Nigéria "entre muitos outros objetos adquiridos de forma legal por cidadãos nigerianos" para ser vendidos, segundo a polícia.

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