domingo, 27 de outubro de 2013

Internauta só descobre câncer de mama depois de cinco biópsias Segundo ela, a descoberta precoce pode ter influenciado no tratamento. Mastologista diz que a demora no diagnóstico não é normal.

A correspondente bancária Neide Fernandes, de 31 anos, moradora de Palmas, trata de um câncer de mama há um ano. Embora ela tenha procurado atendimento médico logo que verificou o aparecimento de um caroço na mama esquerda, Neide conta que ficou cinco meses sem tratamento, já que os exames não apontavam a existência de um tumor.
Neide Fernandes diz que diagnóstico precoce do câncer pode ter influenciado no tratamento (Foto: Estúdio Foto Lima/Divulgação)Neide Fernandes diz que diagnóstico precoce do
câncer pode ter influenciado no tratamento
(Foto: Estúdio Foto Lima/Divulgação)
Neide explica que foi ao médico em março do ano passado para fazer um exame ultrassom. Segundo ela, os médicos disseram que havia um cisto na mama, mas que ela poderia ficar tranquila quanto à existência de um câncer. Com o passar dos meses, o caroço aumentou. Ela conta que voltou ao médico e durante cinco meses precisou fazer cinco biopsias para tirar o caroço. O resultado dos exames nunca apontava para um câncer. Na última biopsia, os exames foram enviados para Goiânia e São Paulo, foi quando os médicos constataram um tumor maligno.
Ela questionou os médicos sobre o fato de os exames não derem resultado positivo e de ela ter ficado cinco meses sem tratamento, mas eles disseram que este tipo de evento pode acontecer. "Eu acho que se os exames tivessem dado resultado positivo no início, eu teria maior chance de cura. Agora eu tenho chance de tratamento, de cura, eu não tenho mais", lamenta.
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Neide Fernandes luta contra o câncer há um ano (Foto: Estúdio Foto Lima/Divulgação)Neide Fernandes luta contra o câncer há um ano
(Foto: Estúdio Foto Lima/Divulgação)
Nota da Redação: Segundo a mastologista Ana Carolina Rocha a demora no diagnóstico não é normal, mas pode acontecer em alguns casos. A médica ainda disse que a mamografia é indicada para mulheres a partir dos 40 anos e que a maior incidência do câncer é em mulheres de 65 anos, mas pode acontecer casos raros, como o da internauta. Portanto, para evitar o diagnóstico precoce é necessário que a mulher conheça o corpo e realize com frequência a palpação mamária. Segundo a presidente da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Mama do Tocantins, Elaize Arruda,este câncer é o que mais mata mulheres no Brasil e também no estado. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, a mulher que precisar fazer o exame no serviço público de saúde, deve procurar as unidades básicas de saúde dos municípios. Caso ocorra alteração nos exames, as pacientes são encaminhadas às Unidades de Referência Secundárias que hoje estão nos Hospitais de Referência para confirmação diagnóstica. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o Estado possui o serviço de mamografia em ponto fixo em Augustinópolis, Palmas, Gurupi, Paraíso do Tocantins, Araguaína e Dianópolis, além das três unidades móveis de mamografia chamadas de “Carreta da Saúde da Mulher"Detectado o câncer, as mulheres são encaminhadas para tratamento em Palmas ou Araguaína.

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